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quarta-feira, 11 de julho de 2012

Não estou aqui para desistir!




"Não vim até aqui pra desistir agora
Entendo você se você quiser ir embora
Não vai ser a primeira vez
Nas últimas 24 horas
Mas eu não vim até aqui pra desistir agora..."

(Humberto Gessinger)



O que me resta além das memórias e lembranças? Não, isso aqui não é um texto depressivo ou nostálgico, se bem que talvez seja...mas pensando bem: não é. Não sei o que me resta, verdadeiramente, além da cena que eu coloco para repetir na minha mente. Um sorriso, uma felicidade momentânea, um sentimento de borboletas dançando ballet na minha barriga, um aperto na garganta, uma euforia que não passa, um êxtase incontrolável, um quê de liberdade e insegurança, um instante de instabilidade e segurança.

Eu sempre vou até o final. Até o fim de uma emoção, de um sonho, de um pesadelo, de uma insensatez. Sei lá, só sei viver dessa maneira. Eu vou e me mato e vivo e me rebato e arremato e insisto e persigo e revivo e enlaço e pago para ver qual é a verdade. Só consigo perseguir os meus anseios e não sei viver pela metade. A vida, para mim, é o completo. É o se dar, não saber, se doar. Não sei? Azar. Eu arrisco. Se vai doer, se vou sofrer? Não sei. Mas eu pago para ver.





Acho inacreditável quem diz que se recolhe por medo. Quem se esconde embaixo do cobertor por simplesmente não saber. Eu não sei de muitas coisas, muitas vezes nem sei quem sou, mas eu me esculacho, eu me esborracho e sigo em frente. Não consigo parar, não consigo me deter, sei lá, talvez eu não saiba me esconder. Se você tem uma fórmula e um esconderijo secreto, por favor, nem me apresente.

Não sei viver escondida, fugida, subnutrida. Só sei viver dessa maneira: me amando, me entregando, derrapando, enfrentando, me encurralando...só sei viver até o fim. Sem doses homeopáticas: quero tudo e sem matemáticas. Dois mais dois? Não. Quero o complicado: isso para mim é simples.

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